quarta-feira, 30 de novembro de 2011

NOVA PROVA DA REENCARNAÇÃO. DEU A LUZ DUAS VEZES A MESMA CRIANÇA

27 de agosto de 1875
Sr. Leymarie.
É com satisfação que venho trazer ao seu conhecimento uma nova prova, bem evidente, da lei da reencarnação.
A 23 do corrente, estava em um ônibus com a Sra. Fagard.
Seu marido, nosso amigo, não pôde achar lugar no imperial.
Uma senhora jovem e distinta colocara-se perto de nós; tinha nos joelhos uma encantadora menina de 15 meses, alegre, jovial, que me estendia seus bracinhos róseos. Hesitava em tomá-la, porque receava desagradar a mãe, mas, vendo-lhe um sorriso aprovador, segurei a atraente menina.
Era gentil e graciosa nessa idade as crianças são adoráveis e aquela tinha tanta amabilidade, que logo havia a disposição de estimá-la. Disse à senhora:
- Não há dúvida de que deve adorá-la.
- Ó senhor, amo-a muito. Depois, ela tem um duplo título a esse amor. Ficará espantado se eu lhe disser que é a segunda vez que sou mãe da mesma criança; minhas estranhas palavras são a expressão da verdade, porque não estou louca, nem alucinada, e não digo nada sem provas certas. Vou explicar-me.
Possuia uma deliciosa filhinha, que a morte me arrebatou aos 5 anos e meio; em seus últimos momentos, esse anjinho, vendo-me as lágrimas e o profundo desespero, disse-me essas memoráveis palavras: "Mãezinha, não te aflijas assim, tem coragem; eu não parto para sempre, voltarei num domingo do mês de abril."
Pois bem, no mês de abril e num domingo, pus no mundo a minha pequena Ninie, que o senhor tem a bondade de acariciar. Todos os que conheceram a primeira Ninie, a reconhecem na segunda. Ela só diz as palavras: papá, mamã, e na última semana, julgue a minha felicidade, a minha grande surpresa, abracei-a, pensando na outra, e lhe dizia: - És tu a Ninie? E ela respondeu: - Sim, sou eu. Posso duvidar senhor?
- Não, senhora; seria preciso uma grande teimosia para não compreender que foi o mesmo Espíríto que voltou a esse corpo encantador. Deus teve a bondade de preveni-la, eis tudo. Se os homens estudassem, compreenderiam esses fatos naturais e seu inestimável valor.
Não lhe pude dar outras explicações, porque ela desceu; lamento não lhe haver pedido o nome e a morada. Esperemos que estas linhas lhe cheguem às mãos e que ela queira confirmar as minhas palavras, que afirmo, sob palavra de honra, ser a verdade.


Nenhum comentário:

Postar um comentário