segunda-feira, 21 de novembro de 2011

FEIRA LIVRE



Um lugar que sem dúvidas inspira quaisquer poetas, diante da espontaneidade das pessoas, onde a vida se apresenta no seu mais simples existir.
É muito legal conversar com o povo que dali tira o seu sustento, e inclusive com o homem do campo, responsável direto pela alimentação que chega a nossa mesa.
Com essa mania de escrever, hoje a feira me deu essa simples poesia, a qual dedico a Rosinha do Riacho do Meio, personagem protagonista da mesma.


AMANHÃ EU VOU À FEIRA (Carlos Magano)

Desde o começo da semana
Que espero pra chegar lá.
Separei ingá, pitomba,
Aipim, maracujá
E muito mais daqui do sítio
Pro povo de lá comprar

Vou vestir a saia nova
Com a blusa cheia de cor
Vou ver na cidade grande
Algo que me encantou
Aquele moço bonito
Que os óios em mim botou

Acho que gostou de mim
Mermo assim sendo da roça
Deve te visto eu a muier
Que lá não tem como gosta
Simpre, trabalhadora e bonita
Quando nele pego e penso
Meu coração abre a porta

Vou sorri se ele oiar
Não me enroscar feito rama
E ele vou convidar
Pra tomar cardo de cana
Ta já chegando amanhã
Já sinto uma roedeira
Para me encontrar com ele
Se Deus quiser lá na feira    

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