sexta-feira, 16 de março de 2012

Essa música nasceu de um berro vindo de um solitário bode, quando eu estava passando pelo sertão pernambucano. Parei o meu carro e fiquei a escutar aquele som vindo daquele animal que parecia mais implorar por justiça para um povo esquecido do meu nordeste, pelas autoridades desse país, que é o povo sertanejo.


Bé,
É a tristeza de um berro ecoando
Cabrito berrando
Com seu triste bé.
Zé,
Olha a seca matando o verde
A seca da sede
Me passa o coité.
Fé,
Cai, não cai, cambota, pendente
Mas ainda na gente
E nos deixa de pé
Ré,
É a marcha que anda pra trás
Em frente rapaz
Me acompanha Zé... ou  Zé

Avia, engata primeira
Subir a ladeira
E de cima olhar,
Aqui começa a partida
Chamando pra vida
Nós vamos voar
Ô Zé não liga pro bé
Te anima com fé,
O ré deixa pra lá.

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