segunda-feira, 25 de julho de 2011

Temos potencial. Só falta enxergar (Carlos Magano)

Uma cidade que se propõe a investir no seu perfil turístico tem que ter uma cultura forte. Não apenas a beleza física e geográfica de um lugar atende aos anseios dos que procuram o turismo. É preciso que se ofereça aos visitantes, além disso, o lazer junto ao divertimento e, por conseguinte lhes tragam valores nativos mostrando justamente o seu potencial através de movimentos culturais como: a música, a arte cênica, plástica etc., fato que incide em comentários levados pelos visitantes para fora das fronteiras difundindo assim essas manifestações A Bahia fez isso e se deu muito bem.
O que falta em nossa cidade é justamente alguém que não veja a cultura apenas com os olhos, pois, ela carece da sensibilidade para ser percebida. Existem valores nossos – e isso não só acontece aqui –, cujos potenciais atendem a essa sugestão, mas um direcionamento político até então indiferente a razão faz com que se percam esses talentos, os quais poderiam somar muito para o nosso engrandecimento dentro desse segmento.
É claro que se harmonizar com essa gente de cultura é um pouco complicado quando a linguagem de quem está no comando é desacreditada nesse meio. Explicações, explanações e exposições culturais devem ser apresentadas por esse titular dentro de uma postura onde a humildade não apareça recheada de hipocrisia.
Um dos fatos para se ter essa credibilidade, são essas promoções acontecerem várias vezes durante um ano, e não em um período onde se subtende existir o aproveitamento para se cumprir uma grade e dar apenas uma satisfação. Quando isso ocorre, não se olha para os verdadeiros talentos e sim para a conveniência, e aí, vemos pessoas desprovidas da verdadeira arte nos representando, pois para elas pouco importa a responsabilidade de um artista, porque elas mesmas não têm essa percepção. Não quero com isso dizer que não houve artistas nossos no 21º FIG, de primeira linha. Houve sim, e, até superiores aos renomados, mas é ai que existe a diferença diante daqueles nossos que deveriam se mostrar em outra ocasião, até atingirem o nível dos que nos orgulharam.    
Na cultura, a música é o segmento que mais atrai gente e capta recursos. Imagine uma vaquejada sem aquelas bandas! Não iria quase ninguém. Referindo-me ao Festival de Inverno, acho que teríamos que ter um festival com os artistas de Garanhuns antes desse evento e com eliminatórias, para que assim, fosse para os palcos desse mega evento pessoas apresentando o que temos de melhor, e então deixarmos a nossa marca cultural gravada na memória dos visitantes. Isso também serviria para que houvesse um melhor desempenho de cada um em busca de um lugar no FIG.
Quaisquer governos que comandar Garanhuns, – independentemente de sigla partidária –, na mina opinião terão que desenvolver esse nosso potencial, mas para isso, é preciso formar uma comissão de cultura com nomes que conheçam a fundo o assunto.               

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