Reciclagem Mórbida (Carlos Magano)
Suspensório, “catenga”, cinturão
Um bisqui, uma peça de geladeira
Uma calça, uma camisa par Jordão
Um sapato sem par, uma cadeira
Uma saia rasgada, essa é minha
Muito osso e ferro pra vender
Uma enxada cavando um tesouro
Uma lei em vigor sobreviver
É o que sem servir, se joga fora
É a vida comendo a podridão
É quem nunca soube fazer a hora
É a fórmula do homem fazer pão
Gente disputa com urubus
Anticorpos se armam em defesa
É o que se tem garantido na pocilga
É a procura do que falta na mesa
É reciclar a vida
É a formula de fazer pão
É a lei a ser cumprida
Sobrevivência num lixão
OS JUROS DO BRASIL PROMOVEM ESCRAVIDÃO, CRIME E MISÉRIA (Carlos Magano)
Quem pensa que a escravaidão acabou está totalmente enganado. Essa prática mudou apenas de metodologia, abandonando os procedimentos explicitamente pungentes, para uma forma "branda" de punição, a qual muitos não percebem, e os que a vê, a admite diante de uma legalidade sordida, imoral. Refiro-me aos juros estipulados aos brasileiros, que têm como objetivo não permitir que o cidadão cresça economicamente, subtraindo dos seus proventos reais a maior quota de impostos do mundo, o deixando sem perspectiva de futuro. Lembram dos bóias frias que nunca saúdam as suas contas para o dono do barracão e só trabalham pela comida? Pois então, os brasileiros também vivem essa mesma história. Não sobra nada para reserva a cada fim de mês, pelo contrário, falta.
Outro dia ouvi uma propaganda do Governo Federal, a qual privilegiava de isenção todo cidadão de baixa renda, e o conceito da “baixa renda” no comercial, envolvia até quem ganhasse três salários mínimos. Quer dizer: Quem ganha apenas um salário, é um miserável. Não é senhores do puder? Mas vocês não admitem essa verdade
É triste, (e isso eu já ouvi por aí) dizer que os brasileiros são uns dos povos mais desonestos do mundo. Se forem assim, é porque esse cruel e desumano modelo governista do nosso país promove a informalidade; a clandestinidade e a marginalidade e, por conseguinte fabrica as leis para punir. A maioria do povo vitimado por esse sistema é afetado psicologicamente, geneticamente e pela hereditariedade da mesma sistemática que há décadas vem se mantendo, e a honestidade quase que não existe, pois ou você é inerente a esse modelo, ou não sobrevive. O cidadão brasileiro é um homem humilhado, sem voz e sem ter como reivindicar seus direitos, diante da distância dificultá-lo chegar ao que é seu, e, além de distante, quase todos os caminhos da busca não existirem passagens.
Além de tudo isso, cada dia aumenta o número de instituições financeiras, a exemplo de bancos oferecendo empréstimos até aos aposentados; assim como empresas de cartões de crédito, todos como se fossem piranhas famintas querendo arrancar pedaçinhos do já vitimado cidadão brasileiro e o governo nada faz porque essa inconseqüente prática é considerada legal. Além do governo, estas instituições estão tomando dinheiro do povo!
Caro amigo, a coisa é tão comovente, que um dos presidentes resolveu dar as bolsas esmolas ao povo, entretanto, não teve coragem de brigar com o poder econômico desse país porque esse poder é parceiro na manutenção dessa sistemática. É esse poder que financia as campanhas políticas e que faz da gente um Burro, animal esse que, - assim como nós -, trabalha apenas pela comida. Levamos vantagem para o burro apenas nas chicotadas.
O juro alto desse país é promotor de todas as desgraças, de escravizar, tirar o direito a vida e, portanto, já está na hora de haver uma intervenção da ONU no Brasil para defender essa gente, cuja vida não difere muito do Oriente Médio, Indonésia, Malásia, Afeganistão, e de demais países mulçumanos, por que: ter liberdade dentro da miséria é mesmo que possuir uma doença incurável, onde o sorriso só aparece quando a dor ameniza.
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