sexta-feira, 22 de novembro de 2013


DESABAFO DE UM LADRÃO DE GARANHUNS (Carlos Magano)



 
 
 
 
Não sou muito de fazer matérias policiais para o jornal, por razões, que é melhor não citá-las. Mas dentro desse oficio sempre nos deparamos, mesmo sem pretensão com certos flagras e, em um deles, acabei entrevistando esse meliante que faço questão de lhe dar o pseudo de Jorge nesse texto, muito embora o mesmo não tenha mostrado objeção.
Por um delito pequeno, se comparado com casos que aconteceram aqui em Garanhuns e acontece a cada segundo no Brasil, Jorge foi preso e me relatou que apanhou demais por ter subtraído aquele celular, sem contar com quase os seis dias que passou enjaulado.
Dizia-me Jorge: Como é que pode! Eu sei que tenho que pagar pelo que fiz, mas, pareceria que eu tinha roubado um banco diante da truculência a que fui submetido. Levei porrada que até agora estou sentindo as dores, e pior é que não tenho um centavo para comprar remédio, enquanto o pessoal que roubou milhões do Hospital Dom Moura, não passou por isso e outros sequer foram presos! E continuou…
- O senhor sabe se nas leis existe um roubo que se apanha menos, ou nem se apanha?
Essa pergunta me deixou subtender que: ou Jorge está querendo um aprimoramento para o seu oficio, ou está tirando onda comigo…
Mas, respondi: - Sei não.
Só que existe sim… Mas, para o Jorge, Não. Afinal, o Jorge não fez mestrado em roubo e assim ele é um insigne exemplar para se fazer cumprir as leis desse país.
Salve o Jorge‼!

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